sábado, 29 de outubro de 2011

Cordel da Semana

Título: Cordel Bibliotecário
Autor: César Obeid (escritor cordelista)

Peço a Deus inspiração
Pra ditar neste papel
De alguém que faz dos livros
O mais belo painel
Em um trabalho diário
Falo do Bibliotecário
Nas minhas rimas de cordel.

Leitura é o universo
Que fascina multidões
Que dá asas para a vida
Nos liberta dos grilhões
Letras são seus santuários
Dos livros os guardiões.

Só através das leituras
Conhecerão meus segredos
Meus sonhos, minhas vontades
Meus caminhos, meus enredos
Minhas dores e alegrias
Sorrisos e fantasias
Minhas vontades e medos

Com os livros são zelosos
E com eles têm ternura
Nos facilitam o acesso
Para o mundo da cultura
Uns dos livros têm ciúmes
Das frases amam os perfumes
Mas sempre amam a leitura.

Incentivam o leitor
Ao novo, ao desconhecido
A um mundo de palavras
E de sonho colorido
Seja homem ou mulher
Sempre descobre o que quer
O seu leitor mais querido

Bibliotecário com livros
Os preservam e empinham
Ao caminho dos leitores
Os seus passos sempre brilham
A leitura é seu sabor
Quando ganham um leitor
Seus olhos e alma brilham.

Também sempre organizam
Todos os bancos de dados
E se responsabilizam
Por tê-los classificados
Informações armazenam
E nenhum querer condenam
Todos são orientados.

Às vezes o seu trabalho
Tem anônimo valor
Isso ao bibliotecário
Nunca, nunca causa dor
Sua luta é ganhar leitores
Ajudar pesquisadores
No efeito multiplicador

Seus caminhos são preciosos
Suas ações são necessárias
Sejam biblitoecas públicas
Infantis, comunitárias
Sejam aquelas populares
Ou então as escolares
Mesmo as universitárias.

Tem os das bibliotecas
Que são especilizadas
Para uma área restrita
As coleções são voltadas
Novo mundo pode ver
Orientando o saber
Com pesquisas detalhadas

Eles que nos facilitam
O encontro da informação
Mais do que arrumar estantes
é a total transformação
Da arte para cência
Todo dia uma experiência
Entra em seu coração.

Comum é os bibliotecários
Promoverem oficinas
Exposições e sessões
De leitura superfinas
Encantando com histórias
Retiradas das memórias
Os meninos e meninas.

E na era da Internet
Em que tudo é progresso
E nesse mundo Higt-tech
Será que eles têm ingresso?
Não importa muito o meio
Eles ofertam o passeio
Pra todos terem acesso.

Mas não são somente flores
No dia dos bibliotecários
Muito trabalho estressa
E também baixos salarios
Fazer os investimentos
Para os reconhecimentos
Sempre serão necessários

Mas com amor vão levando
E nunca perdem o pique
O universo da leitura
Para eles são o tique
Lutam pra que a nação
Seja justa e então
Mais harmônica ela fique

Vou parar o meu cordel
Com amor e alegria
Mas o verso bem rimado
Sempre, sempre prestigia
Quem adora os glossários
Salve os bibliotecários
Adeus, até outro dia

A Lei Maria da Penha em Cordel

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Salgueiro define o samba-enredo para 2012

O Salgueiro é a terceira escola do Grupo Especial a definir o samba-enredo para 2012. Depois da maratona que começou na noite de terça-feira só terminou por volta das 5h de ontem, a Vermelha e Branca escolheu a parceria assinada por Marcelo Motta, Tico do Gato, Ribeirinho, Dílson Marimba, Domingos PS e Diego Tavares. O enredo Cordel Branco e Encarnado, dos carnavalescos Renato e Marcia Lage, vai falar do Nordeste a partir da literatura de cordel.
Linda num vestido vermelho, a Rainha Viviane Araújo brilhou à frente dos ritmistas. Apesar de ter recebido a maioria esmagadora dos votos, o samba vencedor não era o preferido da presidente da escola da Tijuca, Regina Celi, nem do mestre da bateria, Marcão, que escolheram a composição de Xande de Pilares, cantor do grupo de pagode Revelação.
O compositor Ribeirinho participou do concurso na escola pela primeira vez, depois de passar oito anos da Beija-Flor, onde faturou a disputa duas vezes. "Essa vitória foi uma surpresa muito grande. Não esperava chegar tão bem assim no Salgueiro. Meu jeito de fazer samba era diferente, porque na Beija-Flor o modo de compor é outro", afirmou ele, que listou as principais qualidades do hino campeão. "É um samba como há muito tempo não se via no Salgueiro. A melodia é linda e os refrões são fortíssimos".
Há nove anos no Salgueiro, Renato Lage exaltou a força do enredo: "É um tema de grande apelo popular. Vamos exaltar a cultura nordestina e a literatura de cordel, que está muito presente na vida das pessoas. O objetivo é fazer uma louvação aos poetas cordelistas com muita poesia".
Amanhã, Portela, São Clemente e Porto da Pedra escolhem seus sambas para o próximo ano.
APRENDA A LETRA
"Sou cabra da peste
Ô, minha ‘fia',
Eu vim de longe pro Salgueiro
Em trovas, errante, guardei
Rainhas e reis e até
Heroico bandoleiro
Na feira vi o meu reinado
Que surgia qual folhetim,
Mais um ‘cadim', vixe maria!
Os 12 do imperador
Que conquistou
O romanceiro popular
Viagem na barca,
A ave encantada
Amor que vence na lenda
Mistério pairando no ar
Cabra macho justiceiro
Virgulino é Lampião!
Salve, Antônio Conselheiro,
O profeta do Sertão
Vá de retro, sai assombração
Volta pra ilusão do Além
No repente do verso
O ‘bicho' perverso
Não pega ninguém
Ô, meu ‘padinho',
Venha me abençoar
Meu santo é forte,
Desse ‘cão' vai me apartar
Quero chegar ao céu
Num sonho divinal...
É carnaval! É carnaval!
Salgueiro, teus trovadores
São poetas da canção
Traz sua Côrte,
É dia de coroação
Não se ‘avexe', não
Salgueiro é amor
Que mora no peito
Com todo respeito,
O rei da folia
Eu sou o cordel
Branco e encarnado
‘Danado' pra versar
Na Academia"
Fontes: one.meiahora.com e www.salgueiro.com.br ; http://cordelparaiba.blogspot.com/

PALESTRA - “Literatura de cordel na sala de aula”

Na I SEMANA DO LIVRO E DA BIBLIOTECA realizada em conjunto com a Semana de Ciência, Tecnologia, Arte e Cultura da UFPB - SECITEAC / 2011 terá oficinas, palestras e muito mais... 


PALESTRA: “Literatura de cordel na sala de aula”

Data: 19 de outubro de 2011
Horário: 19h00 hs
Local: Auditório 211 do CCSA
Palestrante: Prof. Josivaldo Custódio (UFPE)

Compareçam!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Livreto em forma de cordel informa população sobre o mal de Alzheimer

Versos simples, linguagem popular e palavras rimadas. A tradicional fórmula da literatura de cordel foi a arma escolhida pelo neurologista Gutemberg Guerra para ajudar a população no combate ao mal de Alzheimer. A proposta do médico foi fazer com que as informações sobre a doença, como sintomas e tratamento, fossem simplificadas e pudessem chegar ao maior número de pessoas. Em princípio, o livreto, intitulado A história da demência, será distribuído em unidades de saúde pública referências no tratamento da doença em Pernambuco.

De acordo com a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), o Alzheimer atinge 7% da população entre 60 e 90 anos. O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que atinge os neurônios. Por fatores biológicos, a partir dos 30 anos o ser humano começa a perder as células responsáveis pela condução dos impulsos nervosos, mas é depois dos 60 que a situação costuma começar a ficar crítica. No Brasil, de 1999 a 2008, o número de pessoas acometidas pela doença aumentou vertiginosamente: passou de 1.343 para 7.882 — um aumento de impressionantes 486%.

A patologia altera a capacidade cognitiva das pessoas em funções como memória, linguagem e habilidades visuais e espaciais, provocando mudanças de comportamento. Em mais da metade dos casos os sintomas são ignorados pelos pacientes e pelos familiares.

Diretor clínico do Prontolinda e coordenador do Ambulatório de Neurologia Cognitiva e do Comportamento do Hospital Geral de Areias, Gutemberg Guerra descreve no livreto os 10 sintomas mais comuns da doença, em situações do dia a dia, partindo do esquecimento constante que começa a ser experimentado no início do Alzheimer. “O cordel é fruto das conversas nos consultórios. Retrata experiências de pessoas que vivenciam a doença diariamente”, disse o especialista.

A falta de conhecimento sobre a doença é apontada por ele como a principal causa do avanço do Alzheimer. “Existe muito material sobre a doença, mas todos com uma linguagem técnica, que acaba afastando as pessoas. Por isso a ideia do cordel, para colocar no popular uma doença tão séria”, explica Guerra. Em muitos casos, avalia, quando o paciente resolve procurar o médico a doença já se encontra em um estado muito avançado, tornando mais difícil o tratamento.

CONHECIMENTO Adquirir informações sobre o Alzheimer foi decisivo para garantir à dona de casa Maria Thereza da Silva, de 77 anos, e a suas filhas uma melhor qualidade de vida durante a convivência com a doença. “Descobrimos que minha mãe tinha a doença há seis anos. Notamos que ela estava esquecendo muitas coisas. Procuramos muitos médicos, até achar um que nos deu o diagnóstico definitivo”, conta uma das filhas, a aposentada Eliana da Silva, de 55. Ela sabe que o apoio familiar é fundamental para o controle do Alzheimer. “O mais importante é buscar informações para saber lidar com a nova realidade, pois só assim você poderá oferecer melhores condições para o paciente”, recomenda.

O mal de Alzheimer não é uma doença hereditária, mas o neurologista Gutemberg Guerra afirma que ter alguém da família com o problema aumenta as chances de que os parentes de primeiro grau também venham a ter a doença. É impossível de prevenir, mas pode ter os sintomas controlados. O tratamento da doença é feito com o uso de medicamentos, mas sobretudo com a integração de especialistas da área de terapia ocupacional, geriatria, fonoaudiologia, neuropsicologia e enfermagem. “O cérebro depende de um ambiente estimulante, ou seja, não são só os remédios, mas o cuidado integrado que faz a diferença no sucesso do tratamento”, diz o neurologista.

ALZHEIMER NO BRASIL
De 1999 a 2008, o número de vítimas no país passou de de 1.343 para 7.882 — um aumento de impressionantes 486%.

Sintomas
Perda de memória de curto prazo
Dificuldade de concentração
Desorientação de tempo e espaço
Dificuldade em reconhecer e identificar objetos
Problemas de linguagem e dificuldade de fala
Dificuldades na execução de movimentos
Incapacidade para julgar situações
Perda de iniciativa
Agressividade
Delírios

Fonte: Academia Brasileira de Neurologia (ABN)

TRECHOS
A história da demência


No passado se dizia
Do sujeito adoentado
Que o cristão ficou gagá
Caduco ou esclerosado
Que era coisa de velho
Não era pra ser tratado

Mas demência é doença
Não é coisa que se inventa
Vai chegando devagar
Que o sujeito nem comenta
Quando vê já tá trocando
Nota de cem por cinquenta

(…)

A patroa pela casa
Não lembra de apagar a luz
Esquece feijão no fogo
Faz ganância no cuscuz
Bota sal na goiabada
Perde mais do que produz

Paga conta duas vezes
Ou esquece de pagar
Compra do que não carece
Farinha deixa faltar
Guarda roupa no fogão
Depois não sabe onde está

Autor: Gutemberg Guerra


7% - Índice da população brasileira entre 60 e 90 anos que sofre com o mal de Alzheimer, segundo a Academia Brasileira de Neurologias

30 anos - Idade a partir da qual os seres humanos começam a perder neurônios (embora a situação só comece a ficar crítica a partir dos 60)

FONTE: DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR - 04/10/2011

domingo, 16 de outubro de 2011

Cordel da Semana

HOMENAGEM AO DIA DO PROFESSOR*

Migro pelo universo
No reverso do que sou
Para descrever em verso
O dia do Professor
Incluindo ele e ela
O signo MESTRE revela
Num sentido mais profundo
A constância de um querer
Arquitetando um saber
Na estrutura do mundo

Não seja apenas durante
A passagem desse dia
Mas, que perdure adiante
Essa homenagem sadia
Que toda a humanidade
Tome sensibilidade
E consciência do amor
E sinta na substância
O valor, a importância
Da função de Professor.

Mais que ator e atriz
No espetáculo da sala
Procura fazer feliz
A geração a quem fala
Às vezes estira o passo
E mediante o cansaço
Se vale da devoção
Supera a corrida louca
Busca força onde tem pouca
Mas cumpre sua missão.

Enfrenta horas de pico
Nos valores de um querer
E muitas vezes faz bico
Pra poder sobreviver
Mas, o poder, sem piedade,
Nega ao povo, na verdade,
O saber que ele merece
E o poderoso malvado
Torna o povo alienado
E ao professor desconhece.

O mandante vive rindo
No paraíso de Adão
Desfrutando e se nutrindo
Para os tempos de eleição
Muita conversa bonita
Promessa e banda que agita
Para melhor convencer
Custe o preço que custar
Tudo ele pode gastar
Pra se manter no poder

O povo padece as dores
Por ele não tem ninguém
Senão esses professores
Que o valorizam tão bem
Nas vastas salas de aula
Nos lugares onde falam
Com muita simplicidade
A mensagem de ação
Faculta ao povo a noção
Da sua realidade.

Enquanto o mestre prepara
As aulas com mui labor
O mandante fecha a cara
Pra punir o professor
Faz-lhe a vida complicada
Aumenta sua jornada
Tira gratificação
Mas o mestre não se abate
Embora o salário falte
Se orgulha da profissão.

O Professor tem a luz
Que vem das auras silvestres
Descendente de Jesus
Que foi o mestre dos mestres
Provou que o ensino muda
O conhecimento ajuda
Na constante evolução
Que funciona mudando
Pra mudar funcionando
Conforme a superação.

O exemplo da grandeza
De São Francisco de Assis
Que buscou na natureza
Um modo de ser feliz
Ao falar aos animais
Do jeito que um mestre faz
Dinamizando harmonia
Da vida una e serena
Embala o ecossistema
Com suma sabedoria.

Outros Mestres, cuja chama
Ao mundo iluminou
Buda, Confúcio e Brahma
Fraternas luzes de amor
E outros sábios da história
Que marcaram na memória
Os grandes ensinamentos
Paulo Freire, o Professor
Na voz do povo o valor
E na palavra o alimento.

Converte em felicidade
O que seriam agruras
Prepara a sociedade
Para as gerações futuras
Desde que a gente é criança
Vem dos Mestres a substância
Fruto da experiência
Ensina e também aprende
E o aluno compreende
A sua eficiência.

Mas, às vezes, seu dilema
Sensivelmente extravasa
Vem aluno com problemas
Originados em casa
O professor acha um jeito
De corrigir o defeito
Deixando a tal questão pronta
Mas essa pessoa crua
Às vezes, o vê na rua
Mas nem sequer lhe fez conta.

Somente a educação
Traz ao povo o seu valor
O novo e a tradição
Pela voz do Professor
Êta, que profissão bela!
Tanto dele quanto dela
Gêneros unificados
Deles depende o futuro
Esses Heróis tão seguros
Merecem ser respeitados.


Viva o Dia dos Mestres!
....................................................................
João Pessoa, PPLP - 14. 10. 2011
(*) Nélson Barbosa de Araújo
Doutor em Letras

sábado, 1 de outubro de 2011

Cordel da Semana

Título: Diga não ao horário de verão
Autor: Antonio Barreto


Essa idéia anacrônica
De alterar o fuso horário
É uma forma do governo
Ajudar ao empresário
Mas o povo de bom tino
Sabe que é desnecessário.

II

No Brasil não tem otário
Pra viver de imitação
Porque gente esclarecida
Aqui temos de montão
Então vamos boicotar
Esse Horário de Verão.

III

Esse Horário de exclusão
Alterando o dia-dia
Com o pretexto de auxílio
Para a nossa economia
É mentira mentirosa
Além de demagogia.

IV

Eu digo “Estraga Verão”
Nome bem apropriado !
Porque quando o galo canta
O pobre já tá acordado
Pra tomar o seu buzu
E sair desmotivado.

V

O patrão, muito folgado
Acorda tranquilamente
Por volta das 8 horas
Muito descansadamente
E só chega às 10 e meia
Para o seu expediente.

VI

E a criança inocente
Deveras sacrificada
Brigando com o fuso horário
Acorda na hora errada
Para estar dentro da escola
Ainda de madrugada.

VII

Esse horário então enfada
Nosso povo varonil
A classe trabalhadora
De Norte a Sul do Brasil
Que não deve mais sofrer
Com esse plano tão hostil.

VIII

A estação primaveril
Já começa com o calor
Depois o sol escaldante
Do verão abrasador.
O patrão fica sorrindo,
Sobra pro trabalhador !

IX

Perde muito o agricultor
De toda a zona rural
Já que a sua atividade
Não é artificial
Pois a sua produção
É pela luz natural.

X

O Governo Federal
Sabe que é um paliativo
Alterar o fuso horário
Sem razão e sem motivo.
Então deve o governante
Pensar bem no coletivo.

XI

Esse horário punitivo
Interfere de montão
No atendimento a bancos,
Nas viagens de avião,
De navio, de trem, de ônibus;
No rádio e televisão...

XII

Esse horário de Verão
Deveria ser brioso
Mas conforme as estatísticas
É deveras acintoso
Em vez de ser lucrativo
É mais que fantasioso.

XIII

Tal horário é desastroso,
É verdade, não invento
Porque ele economiza
Apenas quatro por cento.
Então chega de mentira
E tanto aborrecimento.

XIV

Quem possui discernimento
E também sabedoria
Sabe bem que o Ministério
Das Minas e Energia
Deve então racionar
É a sua anatomia !

XV

Chega de tanta utopia
Nesse Brasil de chacinas
De “roubanças”, injustiças
De buracos, de ruínas,
De tanto disse me disse
Que fere minhas retinas.

XVI

Não entendo “patavinas”
Desse ”horário oferenda” !
Vou pedir a Jaques Wagner
Que logo nos compreenda
E deixe nossa Bahia
Longe dessa reprimenda !

XVII

Eu quero ver quem desvenda
Os mistérios de Brasília.
Quem vai racionar salário
Quem vai ficar de vigília
Quem vai apagar as luzes
Quem vai comprar uma ilha !

XVIII

Gostei do Bolsa-Família
Porém quero muito mais.
Quero ver muitas usinas
Ao invés de carnavais !
E o Horário de Verão
Nos braços do Satanás !

XIX

Sei que Dilma é capaz
Na arte de governar
Expulsou aventureiros
Que queriam “racionar”.
Então desse “horário novo”
Peço para nos livrar.

XX

Eu não vou adiantar
Uma hora a todo dia
Vou deixar o meu relógio
Trabalhar em harmonia
Pois somente o empresário
Vai gostar dessa folia.

XXI

Chega de Filosofia
Cada qual na sua cabine
Que a vida me prepare
Que a Lua nos ensine
Que o Brasil tome “juízo”
Que o Sol nos ilumine !

XXII

Enquanto ninguém define
Vou dizendo sem demora:
Desse Horário de Verão
Nenhum brasileiro adora
Com exceção dos empresários
Que querem vê-lo na tora !

XXIII

Vou adiantar uma hora
Para ver o trem passar...
O Trem que não é das Onze
É um trem que vai chegar
Bem cheio de Consciência
Pra todo Parlamentar !

XXIV

Barreto vai retornar
A qualquer hora do dia
Reclamando do governo
Reclamando com harmonia
Esperando que o Brasil
Trate o seu filho gentil
Oferecendo alegria.

FIM
Salvador, 01/10/2011

CANTORIA: OS NONATOS

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