domingo, 29 de maio de 2011

Fotos - Lançamento do Livro

O professor e poeta popular Manoel Messias Belizario Neto lançou neste mês de maio em João Pessoa-PB o livro "Agruras de um Poeta Popular ou Congresso dos Poetas Populares no Paraíso".







Manoel Messias Belizario Neto


Prof.ª Dr. Elizabeth Baltar

Alunos do Professor e Poeta


quarta-feira, 25 de maio de 2011

CORDEL DA SEMANA

Titulo:Coração Agalopado
Autor: Victor "Lobisomem"
 

Sinto dentro do peito uma paixão
 
que eu tento domar mas não consigo
 
ela faz o que bem quiser comigo
 
me botando a galope o coração
 
eu pareço montar um alazão
 
indomável, selvagem e bravio
 
disparado, sem rédeas, bem vadio
 
galopando por várias direções
 
eu procuro amansar as emoções
 
esse é o meu grande desafio



A paixão é um cavalo indomado
 
que até o cavaleiro experiente
 
cangaceiro ou vaqueiro mais valente
 
quando numa paixão está montado
 
sente o coração agalopado
 
parecendo até um iniciante
 
aboiando e tocando seu berrante
 
certas vezes caindo do cavalo
 
empolgado não consegue domá-lo
 
e na poeira tomba ofegante


Mas se o vaqueiro é bom ele levanta
 
ajeita o gibão e o chapéu
 
novamente ele monta em seu corcel
 
com firmeza e fé na Virgem Santa
 
um aboio bem bonito ele canta
 
pra curar as feridas e a dor
 
e o selvagem, chucro galopador
 
entra na rédea curta do vaqueiro
 
pois cavalo domado é companheiro
 
e paixão bem domada vira amor.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Lançamento Livro

Projeto “Semeando Cordel na Escola e na Sociedade” é lançado em João Pessoa


           O professor e poeta popular Manoel Messias Belizario Neto lançou neste mês de maio em João Pessoa um projeto patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura chamado “Semeando Cordel na Escola e na Sociedade”. A iniciativa se propõe a produzir o livro (de autoria do proponente do projeto) denominado “Agruras de um Poeta Popular ou Congresso dos Poetas Populares no Paraíso”.
A proposta pretende difundir a literatura de cordel no âmbito escolar e garantir à população em geral acesso de baixo custo a este fazer poético – além de incentivar o poeta. Para tanto, metade dos livros produzidos será doada em igual número a cem escolas do município de João Pessoa e a outra metade será cedida ao autor.
O livro
CAPA DO LIVRO
          É composto  composto  por quatro folhetos independentes e inéditos:
Folheto 1: “Agruras de um Poeta Popular ou Congresso dos Poetas Populares no Paraíso” : Narra a história do poeta Popular Zé Damião que vive de vender folheto em feira. Mas um dia, após a massificação do rádio, luz elétrica e TV, ele cai em descrédito, entra em depressão e morre. Ao chegar ao Paraíso se depara com os grandes da poesia popular que vão discorrer num congresso os porquês da atual situação da Literatura de Cordel.
Folheto 2: “As Aventuras de Teó da Lage em Busca de Assombração”: O Arcanjo Gabriel expulsa o diabo do inferno sem que Deus saiba. Por isso, sem inferno, o diabo, almas penadas e demônios passam a morar na Terra. Satanás, reivindicando sua casa de volta, toma posse do corpo de uma princesa. Teó, o destemido “caçador de assombração” é escolhido para devolver o inferno ao diabo e assim libertar a terra dos espíritos maus que a habitam.
Folheto 3: “O Romeiro e a Promessa”: Um romeiro para se ver livre de uma doença faz uma promessa para São Francisco do Canindé. Promete que se ficar curado dará ao santo uma cabeça pensante.  O santo afirma incrédulo que é impossível encontrar uma cabeça pensante livre, mas já que o romeiro prometeu terá de cumprir – arriscando-se a virar jumento caso não encontre. A história gira em torno da luta deste romeiro aventureiramente em busca de tal cabeça.
Folheto 4: “Histórias de Trancoso”: Dois senhores sertanejos replicam entre si histórias de Trancoso contadas como verdade absoluta. São afirmações exageradas, mas muito bem-humoradas.

Lançamento
Local: NUPPO (Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular) Térreo do Prédio da reitoria da UFPB (à direita da CODESC)
Data: 27 de maio de 2011
Hora: 10:00 (manhã)
Preço: R$: 7,00

O Autor
           Manoel Messias Belisario Neto é natural de Aguiar PB e atualmente reside em João Pessoa. É graduado em Letras pela UFPB e autor de vários títulos de cordel, entre eles “Satan Processa Bin Laden e Bush por Plágio e Difamação”, premiado pela Funjope no Concurso Novos Escritos 2007 e “Cordel do Estatuto da Criança e do Adolescente” publicado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa e pelo Ministério Público da Paraíba. Ficou em 3° lugar na categoria criação e produção do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel do Ministério da Cultura edição 2010.  No momento coordena o projeto “Semeando Cordel na Escola e na Sociedade” – iniciativa aprovada no edital do Fundo Municipal de Cultura de João Pessoa 2010. É professor de português em Alhandra PB e orientador social de jovens no programa Projovem Adolescente na capital.

Escolas de João Pessoa beneficiadas pelo projeto com cinco exemplares cada: 
1. Afonso Pereira da Silva 
2. Agostinho Fonseca Neto
3. Almirante Barroso
4. Américo Falcão 
5. Ana Cristina Rolin Machado
6. Analice Caldas
7. Analice Gonçalves de Carvalho 
8. Anayde Beiriz 
9. Ângelo Francisco Notare 
10. Anibal Moura 
11. Anita Trigueiro 
12. Antenor Navarro 
13. Antonia do Socorro Machado
14. Apolônio Sales de Miranda 
15. Argentina Pereira Gomes
16. Arnaldo de Barros Moreira 
17. Aruanda  Rua Eudídice
18. Augusto dos Anjos
19. Aylton Cavalcanti de Ataíde 
20. Cantalice Leite 
21. Carlos Neves da Franca
22. Celso Furtado 
23. Cícero Leite
24. Claudina Mangueira de Moura
25. Cônego João de Deus 
26. Cônego Mathias Freire 
27. Coracão Divino
28. Damásio Franca 
29. Darcy Ribeiro 
30. Daura Santiago
31. Diotília Guedes
32. Dom Helder Câmara
33. Dom Marcerlo P. Carvalheira
34. Dr. José Medeiros Vieira
35. Duarte da Silveira 
36. Dumerval Trigueiro Mendes 
37. Duque de Caxias 
38. Escritor Horácio de Almeida
39. Escritor José Lins do Rego
40. Euclides da Cunha 
41. Francisca Moura
42. Francisco Edward de Aguiar 
43. Frei Afonso
44. Frei Albino 
45. Frutuoso Barbosa 
46. General Rodrigo Otávio
47. Governador Leonel Brizola 
48. Henrique Dias
49. Hugo Moura 
50. Índio Piragibe
51. João Gadelha de Oliveira 
52. João Medeiros
53. João Monteiro da Franca 
54. João Santa Cruz
55. João XXIII
56. Jornalista Raimundo Nonato 
57. José Américo de Almeida
58. José Eugênio Lins de Albuquerque       
59. José Novais
60. José Peregrino
61. Lions Tambaú
62. Luiz Augusto Crispim 
63. Luiz Mendes Pontes
64. Luiz Vaz de Camões
65. Luiza Lima Lobo
66. Lyceu Paraibano
67. Maria Ruth de Souza
68. Moema Tinoco Cunha Lima
69. Mons. João Coutinho 
70. Monteiro Lobato 
71. Napoleão
72. Nazinha Barbosa 
73. Olívio Ribeiro Campos
74. Orlando Gomes
75. Oscar de Castro 
76. Padre Leonel da Franca 
77. Padre Pedro Serrão
78. Papa Paulo VI
79. Paulo Freire 
80. Pedra do Reino 
81. Pedro Augusto Porto Caminha
82. Presidente João Pessoa 
83. Prof. Luis Gonzaga de Albuquerque Burity
84. Profª Maria Bronzeado Machado
85. Profa. Liliosa de Paiva Leite
86. Profa. Maria Geny de Souza Timóteo
87. Profa. Olivina Olívia
88. Professora Úrsula Lianza
89. Renato Lima
90. Santa Ângela
91. Santa Emília de Rodat 
92. Santos Dumont
93. Seráfico da Nóbrega 
94. Severino Patrício
95. Tharcilla Barbosa da Franca
96. Ubirajara Pinto Rodrigues 
97. Violeta Formiga 
98. Virgínius da Gama e Melo
99. Zulmira de Novais
100. Zumbi dos Palmares

Fonte: Jornal da Besta Fubana

terça-feira, 17 de maio de 2011

CORDEL DA SEMANA

Título: Um país desenvolvido
Autor: Marcos Mairton

Ouvi na Rádio Senado
Um político dizer
Que meu Brasil pode ser
Agora considerado
Um país classificado
Como tendo conseguido,
Afinal, ser promovido
A outra categoria.
O Brasil hoje seria
UM PAÍS DESENVOLVIDO.
Eu ouvi o que foi dito
Naquele pronunciamento,
Mas, já naquele momento,
Pensei: “Eu não acredito”.
E, mesmo agora, reflito
E novamente duvido
Que tenhamos atingido
Essa meta, finalmente,
De o Brasil ser, realmente,
UM PAÍS DESENVOLVIDO.
Pois, enquanto eu encontrar,
Nas ruas por onde ando,
Crianças perambulando,
Nos sinais a mendigar,
A cheirar cola e roubar,
Não posso ser convencido
Que tenhamos conseguido
Um salto de qualidade
Que nos faça, de verdade,
UM PAÍS DESENVOLVIDO.
Enquanto eu, ao parar
Em frente ao sinal fechado,
Me sentir preocupado
Que alguém venha me assaltar,
E, mesmo em casa, no lar,
Me sentir desprotegido,
Não vejo qualquer sentido
Na conversa que se ouviu:
Que seja o nosso Brasil
UM PAÍS DESENVOLVIDO.

Enquanto o pobre tiver
Que sair de madrugada
Para poder ter marcada
Uma consulta qualquer,
E ainda assim puder
Voltar sem ser atendido,
Eu fico até constrangido
De afirmar e dar fé
Que o Brasil agora é
UM PAÍS DE DESENVOLVIDO.

Enquanto não for cassado
Quem recebe mensalão,
E houver corrupção
Na câmara ou no Senado,
Sem ninguém ser condenado
Por ser pego envolvido
Em esquema produzido
Nas entranhas do poder,
O Brasil não pode ser
UM PAÍS DESENVOLVIDO.

Onde há desenvolvimento
Corrupção não compensa
Juiz que vende sentença,
Também vai a julgamento
Tem punição a contento,
E castigo garantido.
Nesse Brasil, tão sofrido,
Precisa que isso aconteça
Pra que um dia ele pareça
UM PAÍS DESENVOLVIDO

Porque a corrupção
Em todo lugar existe.
O que faz o quadro triste
Que se vê nesta Nação,
É não haver punição
Para um tipo de bandido
Que é sempre protegido
Por dinheiro ou por poder,
E assim não podemos ser
UM PAÍS DESENVOLVIDO.

Mas nós não apontaremos
Nosso dedo, simplesmente,
Para a classe dirigente
Do país em que vivemos.
Como é que nós queremos
O problema resolvido,
Se temos contribuído,
Com conduta malfazeja,
Para que o Brasil não seja
UM PAÍS DESENVOLVIDO?

Você acaso imagina
Que, para não ser multado,
Chamar o guarda do lado,
E oferecer propina,
Não aumenta ou dissemina
O que é pra ser combatido?
Pois quem assim tem agido,
Não pode sequer dizer
Que quer ver o Brasil ser
UM PAÍS DESENVOLVIDO.

Quem procura o tempo todo
Se dar bem, levar vantagem,
É chegado à malandragem
Tem atração por engodo;
Quem não age com denodo,
Vive em confusão metido,
Não pode estar imbuído
Do que antes se dizia:
De o Brasil ser, algum dia,
UM PAÍS DESENVOLVIDO.

“Mas o PIB aumentou”,
- alguém disse, certo dia, -
“Veja nossa economia,
Como cresceu, melhorou”.
A pessoa que falou
Não deve ter percebido
Que, sem ser distribuído,
Um PIB grande e viril
Não fará deste Brasil
UM PAÍS DESENVOLVIDO.

E, para não terminar
Em tom muito pessimista,
Eu sugiro: Não desista.
Não deixe de acreditar.
Se cada um trabalhar,
Com o bem comprometido,
Não descarto, não duvido
Que esse quadro mudaremos
E um dia construiremos
UM BRASIL DESENVOLVIDO.


CANTORIA: OS NONATOS

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