terça-feira, 22 de maio de 2012

Literatura de Cordel é incentivada nas escolas










A Prefeitura Municipal de João Pessoa, através da Secretaria de Educação e Cultura (Sedec) está desenvolvendo o projeto “Cordel na sala de aula” que busca a inserção da literatura nordestina no desenvolvimento e aprendizado dos alunos. A iniciativa partiu da lei nº 11.654/2009 de autoria do vereador Zezinho Botafogo (PSB) que autoriza o incentivo da literatura de cordel nas escolas da rede municipal de ensino da cidade de João Pessoa. “Preservar a cultura regional, é valorizar uma parte significativa da cultura brasileira e um quinhão representativo da cultura mundial”, ressaltou o parlamentar.
Recentemente a Sedec realizou um seminário de Literatura de Cordel voltado para professores de português, artes, polivalentes e abriu ara outras disciplinas caso o docente tivesse interesse. O objetivo foi orientar os docentes como trabalhar a literatura de cordel com os alunos da rede municipal.


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Feira do Cordel



No dia 1º de junho acontecerá mais uma edição da Feira do Cordel.O evento é organizado pela Casa do Cordel e pelo projeto Cordel no Shoping e conta com  o apoio do IFRN campus cidade alta.


Programação:


16h: Abertura com sarau poético e a participação de dupla de violeiros repentistas


16h: Oficina de Xilogravura com Erick Lima (Inscrições R$ 10,00 no local)


18h: Show de humor "Sai da frente que atrás vem gente" com seu Guga e a Turma da alegria

19h: Show de encerramento com "Zé Martins e banda fibra de coco" 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Jovens vivenciam a Literatura de Cordel em bairro popular/Salvador-BA

Reproduzido de Poesia Baiana e lido em Cordel Paraíba

O projeto sócio-educativo ocorre aos fins de semana e pretende formar agentes multiplicadores e preservar a literatura de Cordel

Literatura de Cordel para jovens de um dos bairros mais tradicionais e populosos de Salvador. A Bumbá – Escola de Formação Artística, Organização Não-Governamental (ONG), realiza todos os fins de semana, no bairro da Boca do Rio, o Projeto Cordel na Boca e neste domingo (13), a partir das 9h da manhã, os jovens atendidos pela ação sócio-pedagógica receberão a visita de dois conhecidos cordelistas do cenário soteropolitano – Jotacê e Antonio Barreto. A ideia é promover uma aula especial, com intercâmbio de experiências e relatos sobre o fazer da Literatura de Cordel.

O projeto como um todo será realizado até o mês de agosto e culminará em uma grande mostra artística ao ar livre no próprio bairro. Serão mais de 120 horas de formação com o objetivo imprimir uma prática artístico-pedagógico que forme novos leitores e criadores de Literatura de Cordel na comunidade da Boca do Rio e com isso divulgar e preservar esta cultura popular.

“O maior desejo é estimular o exercício da auto-estima, comunicação, relacionamentos interpessoais, capacidade de se auto gerir, tomada de decisões, enfim, contribuir para maior integração e participação dos jovens com seu entorno social e, conseqüentemente, com sua cidade e história”, explica Sérgio Bahialista pedagogo, cordelista e instrutor do projeto.

Bumbá – Escola de Formação Artística - A Bumbá – Escola de Formação Artística, é uma ONG (Organização Não- Governamental) que surgiu a partir de experiências locais na comunidade da Boca do Rio, em Salvador – BA, na perspectiva da consciência da cultura como potencial para o desenvolvimento econômico e social local. Apesar de recente, a Bumbá reúne profissionais com uma longa trajetória em instituições inovadoras na área do Terceiro Setor e na construção e desenvolvimento de metodologias de educação, arte, cultura e comunicação para a cidadania com vista à autonomia, criatividade e visão empreendedora de adolescentes e jovens baianos.

Serviço

O quê: Projeto Literatura de Cordel

Quando: Sábados e domingos

Onde: Alto Beira Mar, S/N – Boca do Rio (próximo a Vidraçaria São Paulo)

Quanto: Gratuito

CORDEL “A POLÍTICA E A POLITICAGEM”

Reproduzido do Blog de Alvinho Patriota e lido em Cordel ParaíbaimageImagem

 
Autor: PAULO TARCISO

Caros ouvintes vos peço
Atenção uma vez mais
Para fazer uma análise
Creio interessa demais
O tema é muito importante
Me escutem por um instante
E saiba como se faz!

Política e politicagem
A prática e a teoria
A diferença é tão grande
Chega a gente se arrepia
A beleza da origem
É mesmo de dar vertigem
A prática do dia a dia.

O pai daciência política
Aristóteles é seu nome
Maquiavel também mostra
Ao político ou governante
Como se deve governar
E ao povo fez ensinar
Dar “Tchau” ao mau governante.

A política e sua origem
Thomas Hobbes avaliou
Era um absolutista
Montesquieu inaugurou
Três poderes Separados
Pra um governo organizado
Um grande avanço marcou.

Para criar nossas leis
O Poder Legislativo
Já pra nos governar
Chama-se o Executivo
E para a lei aplicar
Nos temos que convocar
Judiciário é preciso.

Em toda sociedade
Precisa organização
Um povo, cidade ou Estado
Ou mesmo em qualquer nação
E preciso existir leis
Para governantes ou reis
Para lhes dar direção.

Todo poder vem do povo
E em seu favor deve ser
Aplicada qualquer lei
Sem nunca se esquecer
Dos pobres e desvalidos
E dos grupos de excluídos
Que em toda terra há de ter.

Toda verba aplicada
Em favor da educação
Saúde e no social
Pra toda a população
Escola é muito importante
Governo pra ir avante
Ao professor dar atenção.

Como disse Maquiavel:
Um governante pra ser
Benquisto pelo seu povo
Com ele vá conviver
Morar em sua cidade
Saber das necessidades
Nunca, jamais, se esconder.

(…)

Leia o texto integral aqui

quarta-feira, 9 de maio de 2012

40 livros grátis de literatura de cordel para baixar


As obras são distribuídas livremente mediante autorização dos autores ou por domínio público.



A Universia Brasil, maior rede de colaboração universitária presente em 23 países, separou uma lista de livros grátis de literatura de cordel que estão disponíveis para baixar na internet.
 
Grande parte dos livros são de autores como Leandro Gomes de Barros e Guaipuan Vieira, membros da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, gênero escrito frequentemente de forma rimada e impresso em folhetos.
 
Neste estilo literário, alguns dos poemas são ilustrados com xilogravuras, as mesmas usadas nas capas dos folhetos. O nome surgiu da maneira em que os folhetos eram vendidos na rua, pendurados em barbantes.
 



Confira a seguir os 40 livros grátis de literatura de cordel para baixar:

 A carta do pistoleiro Mainha à sociedade
Autor: Guaipuan Vieira
  
A chegada de Lampião no céu
Autor: Guaipuan Vieira
  
A Filha do Pescador
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
Afonso Arinus
Autor: Crispiano Neto
  
A Força do Amor: Alonso e Marina
Autor: José Bernardo da Silva
  
Alexandre de Gusmão
Autor: Fundação Alexandre de Gusmão
  
A Mulher Roubada
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
Antônio Silvino: o rei dos cangaceiros
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
Antônio Silvino: Vida, Crimes e Julgamento
Autor: Francisco das Chagas Batista
  
A Seca do Ceará
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
As proezas de um namorado mofino
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
As Quatro Órfãs de Portugal ou O Valor da Honestidade
Autor: João Melquíades Ferreira da Silva
  
A terrível história da Perna Cabeluda
Autor: Guaipuan Vieira
  
A triste partida do Rei do Baião
Autor: Guaipuan Vieira
  
Augusto Frederico Schmidt - um autêntico brasileiro
Autor: Chico de Assis
  
A visita de Bin Laden ao inferno
Autor: Guaipuan Vieira
  
Barão do Rio Branco
Autor: Crispiano Neto
  
Combate de José Colatino com o Carranca do Piauí
Autor: João Melquíades Ferreira da Silva
  
Gilberto Amado
Autor: Crispiano Neto
  
História da Princesa da Pedra Fina
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
História da Donzela Teodora
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
História de Juvenal e o Dragão
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
História de Zezinho e Mariquinha
Autor: Silvino Pirauá de Lima
  
História do Boi Misterioso
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
História do Cachorro dos Mortos
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
História do Valente Sertanejo Zé Garcia
Autor: João Melquíades Ferreira da Silva
  
Mainha, o maior pistoleiro do Nordeste
Autor: Guaipuan Vieira
  
O Casamento do Bode com a Raposa
Autor: José Bernardo da Silva
  
O Casamento do Calangro
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
O Príncipe e a Fada
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
Os Martírios de Genoveva
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
Os Sofrimentos de Alzira
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
O Testamento da Cigana Esmeralda
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
O Valor da Mulher
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
Peleja de Joaquim Jaqueira com João Melquíades
Autor: João Melquíades Ferreira da Silva
  
Peleja do Cego Aderaldo com Zé Pretinho
Autor: José Bernardo da Silva
  
Romance do Pavão Misterioso
Autor: João Melquíades Ferreira da Silva
  
Roques Matheus do Rio São Francisco
Autor: Leandro Gomes de Barros

Rui Barbosa 
Autor: Crispiano Neto
  
Uma Viagem ao Céu
Autor: Leandro Gomes de Barros
  
 


As Mulheres da Bíblia em Cordel


sábado, 5 de maio de 2012

SHOW DE JOSÉ ACACI



A  Festa Da Padroeira de Parnamirim está apresentando uma série de shows com artistas da cidade, todos os dias, logo depois da missa, tem um belo show aberto ao público,  na Praça da Paz de Deus. Já teve Almir Padilha, Ismael Alves, Grupo Choro de Cordas, Caio Padilha e outros. Na próxima quarta (09/05) tem o grupo Bom Malandro e na quinta (10/05) eu, José Acaci, estarei no palco levando muito cordel, muita poesia, uma homenagem a Luiz Gonzaga e algumas canções do novo cd, que vai se chamar "Canções de Poeta".

SHOW DE JOSÉ ACACI
QUINTA – 10 DE MAIO – 21 HORAS
PRAÇA DA PAZ DE DEUS (AO LADO DA IGREJA CATÓLICA)
CENTRO - PARNAMIRIM

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eventos no Café de O Sebo Cultural

O escritor Fábio Mozart estará lançando o seu cordel: "O Sebo Cultural - Tempo do Saber" que contém também homenagem ao centenário do "Eu" do poeta Augusto dos Anjos. O cordel será distribuído gratuitamente aos presentes. Será nesta Sexta-feira - 04 de maio - 18:30hs 










O Sebo Cultural
Av. Tabajaras, 848, Centro da Capital Paraibana
Fones: 0xx 83 3222 4438/3241 1423

Site:  www.osebocultural.com 

Editora Assaré relança ‘‘O baú da gaiatice’’, clássico do humor cearense

Há mais de 12 anos, num momento em que o Ceará já se projetava nacionalmente como terra de comediantes, o radialista, poeta popular e cartunista Arievaldo Viana escreveu o livro “Baú da Gaiatice”. Incluindo crônicas, anedotas e literatura de cordel. O livro foi lançado em noite festiva no Pirata Bar, no dia 21 de maio de 1999 e, de imediato, tornou-se um clássico do gênero, recebendo elogios de escritores, pesquisadores e jornalistas como Blanchard Girão, Barros Alves, B.C. Neto, Ribamar Lopes, Eleuda de Carvalho, Falcão, Tarcísio Matos e Juarez Leitão. A idéia foi sugerida pelo amigo Vescêncio Fernandes (in memorian) diretor da extinta revistaVaral, onde parte do material do livro havia sido publicado.

Na época do lançamento, o Caderno 3 do Diário do Nordeste fez a seguinte observação: “Juntando crônicas que escrevia para jornais e revistas sindicais como aPérola Negra do Sindicato dos Petroleiros, e para a própria Varal, Arievaldo observou que tudo isso poderia dar um livro. Não precisaria ir longe para encontrar ilustrações bem apropriadas ao contexto das histórias. Contou com o apoio de seu irmão e artista plástico Klévisson, de Jefferson Portela e também deu suas próprias pinceladas, já que trabalha há alguns anos nesta área.”

Um dos grandes méritos da obra foi trazer a tona, de forma pioneira, ‘causos’ de personagens até então anônimos, porém interessantíssimos. É o caso do personagem “Broca da Silveira”, um cara cheio de espertezas que dribla sua condição de nordestino, pobre e semi-analfabeto, para conseguir o que quer. Foi preso e subornou o médico da penitenciária lá de São Paulo para lhe dar um medicamento que ficasse como um morto. Conseguiu, então, embarcar numa urna “funerária” de volta ao seu Nordeste. “A história dele é um misto de 50% de realidade e 50% de fantasia”, afirmava Arievaldo, na matéria publicada em 1999 pelo DN. Além do já citado Broca da Silveira, desfilam também pelas páginas do Baú o irreverente Zuca Idelfonso, o irriquieto boiadeiro Zé Adauto Bernardino e o profeta matuto Zé Freire, autor de uma curiosa oração para arranjar um magote de mulher. O autor conta que numa temporada em Canindé, costumava se embrenhar sertão adentro ou mesmo palestrar nos bares da cidade na companhia do poeta e boêmio Pedro Paulo Paulino. Munidos de papel e caneta e às vezes de um note-book, os dois observavam aquelas figuras bem características. Quando ouviam alguma história interessante, passavam para o papel ou para o computador. Assim, foi ampliando o material para a publicação do livro.

O terceiro capítulo é totalmente dedicado a Literatura de Cordel, o grande forte de Arievaldo, considerado atualmente um dos maiores expoentes desse gênero. O escritor apresenta seus próprios cordéis e outros de parcerias com Jota Batista, Pedro Paulo Paulino, Klévisson Viana e Sílvio Roberto Santos. Também trabalham temas atuais como a clonagem da ovelha Dolly, o encontro de Fernando Henrique Cardoso com Pedro Álvares Cabral nos 500 anos de descobrimento, a história de um poeta que adquiriu uma boneca inflável e até mesmo uma sátira intitulada “Descaminhos das Índias ou o Indiano que casou com uma cachorra”, incluída especialmente na terceira edição da obra.



UM POUCO DA TRAJETÓRIA DO AUTOR



Arievaldo Viana nasceu no Sertão Central do Ceará, em setembro de 1967. Desenha e escreve cordéis desde a infância. Atuou também como radialista de 1985 a 92. Trabalhava em Canindé, fazendo um quadro humorístico com personagens criados por ele, como Salustiano e dona Filismina. Em 1992, veio para a capital e integrou a equipe da Rádio Cidade e também na extinta TV Manchete, onde criou e apresentou o humorístico “Jornal da Caatinga”, em parceria com Cícero Lúcio e direção de Marcos Belmino, o saudoso “Ponhonhón”. Como escritor e poeta  publicou contribuições em diversos jornais e revistas, como Varal, Singular, Pérola Negra e atualmente na Nordeste Vinteum, onde mantém a coluna “Sala de Reboco”, relembrando fatos da vida e da obra de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Atua no movimento sindical como chargista e ilustrador desde 1993. É o criador do projeto Acorda Cordel na Sala de Aula, responsável pelo reconhecimento da literatura de cordel como gênero literário indispensável ao ensino, já apresentado através de oficinas e palestras em diversos estados do Brasil. Como escritor, Arievaldo Viana tem mais de 100 folhetos de cordel já publicados e quase duas dezenas de livros pelas maiores editoras do país: FTD, Cortez, Editora Globo, Planeta Jovem, Editora IMEPH, Demócrito Rocha, Armazém da Leitura e Nova Alexandria.

O QUE DISSERAM DA OBRA

“O Baú da Gaiatice” é um livro sério, mesmo tendo como objetivo fundamental divertir e provocar o riso. É que espelha, com denodo e perícia, essa faceta esplêndida da alma cearense de zombar das trapaças da sorte, se divertir em frente da desdita e, mesmo no meio da noite mais tenebrosa, transportar em sua essência anímica os raios incandescentes da aurora.”

(Juarez Leitão, escritor)

 “Arievaldo Viana é um “velho” poeta popular de trinta e três anos. Velho pela maturidade de seus versos, pelo muito que tem observado, acumulado e repassado em termos de cultura popular. Seu gosto pelo popular, despertado desde cedo - ainda criança - foi caldeado e sedimentado em Quixeramobim e Canindé, no telurismo desses dois territórios mágicos. As muitas leituras de folhetos, na infância, as muitas noites no “sereno” de cantorias, imprimiram-lhe na alma o gosto pelo estilo dos bons tempos - do tempo dos grandes poetas do cordel, sem contudo pretender imitá-los. É fecundo. Jovem (um “velho” poeta de trinta e três anos), é autor de várias dezenas de folhetos. Respira, vive poesia popular. Como poeta popular, poder-se-ia dizer que sofre de incontinência poética.”

(Ribamar Lopes, poeta e pesquisador da poesia popular, em dezembro de 2000)

 “Se alguns resquícios etílicos ainda me afetavam o fígado, foram definitivamente curados. Tudo por conta do "Baú da Gaiatice", de Arievaldo Viana, que lí de uma tirada só no último fim-de-semana. Ri a bandeiras despregadas com os "causos" colhidos no filão riquíssimo da cultura popular em suas diversas vertentes, a sertaneja, em primeiro lugar, a suburbana e a anedótica nascida nos meios mais intelectualizados. Tudo seria vulgar não fosse a capacidade própria de Arievaldo no saber contar, dando a cada estória o seu toque pessoal, a sua graça de humorista.”

(Blanchard Girão, jornal O ESTADO, junho de 1999)

O AUTOR E A OBRA, POR ELE MESMO

Acordei menino e ‘malino’ num lugarejo encantado, um recanto ensolarado chamado fazenda Ouro Preto, cafundós de Quixeramobim-CE, terra do beato Antônio Conselheiro.
Depois esse pedacinho de chão, pertencente ao distrito de Macaóca, passou a integrar o município de Madalena, território emancipado de Quixeramobim.
Para os lados do nascente se avistam os contrafortes do serrote dos Tres Irmãos, gigantescos monólitos de feição similar, que o velho Chico Pavio garantia tratar-se de três reinos encantados. Ao sul, os contornos da belíssima serra da Cacimba Nova. Quando eu era criança, alí pelos meados da década de 1970, não havia energia elétrica e a nossa diversão predileta era ouvir a vovó Alzira ler os folhetos de cordel, dentre eles Chegada de Lampião no Inferno, Cancão de Fogo, João Grilo, Pedro Malazartes e o impagável Casamento e divórcio da Lagartixa. Foi justamente nesses folhetos que eu me alfabetizei... ou melhor, desasnei na leitura, com a  ajuda de uma carta de ABC.
Essas leituras, aliadas a uma forte dose de imaginação me impeliram a ouvir tudo que era conversa de matuto, causos, arengas e ‘arisias’ ditas em estado sóbrio ou etílico nos balcões da bodega do Mané Lima, meu avô. Já crescido, em busca de instrução e trabalho, mudei-me para Maracanaú, Canindé e depois para o mundo... Foi daí que nasceu a inspiração para fazer este Baú da Gaiatice.

SERVIÇO:
O Baú da Gaitice, 3ª Edição
Editora Assaré / Prêmius
220 páginas ilustradas
Preço de capa: R$ 25,00
Preço especial de lançamento:
R$ 20,00


CANTORIA: OS NONATOS

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