quarta-feira, 13 de abril de 2011

CORDEL DA SEMANA

Título: Era um vez um Planeta...
Autor: Victor “Lobisomem”







































Era uma vez um planeta
Que por Deus fora criado
Com carinho paciência
Amor, zelo e cuidado
Com muita dedicação
O planeta criação
De “Terra” foi batizado

Flutuando no espaço
E cercado por bilhões
De estrelas cintilantes
Juntas em constelações
E acompanhada da sua
Admiradora lua
Fonte de inspirações

Havia também um sol
O astro rei imponente
Acariciando a Terra
Com seu brilho forte e quente
Iluminando distante
Poderoso sol brilhante
E sua energia ardente

Em volta daquele sol
A Terra rodopiava
Num movimento constante
A lua lhe imitava
Num floreio bem bonito
Girando pelo infinito
Parecia que dançava

No planeta Terra as águas
Como um manto cobriam
Lá do alto das montanhas
Em cachoeiras desciam
Estavam em toda parte
Feito uma obra de arte
E pelos rios corriam

Águas doces percorriam
As florestas viajando
Em busca de encontrar
Quem estava lhes esperando
Os oceanos e mares
E os pássaros pelos ares
Iam lhes acompanhando

Pássaros voam cantando
Sobrevoando os rios
Os mares vão agitando
As águas em corrupios
Ondas beijando a areia
É manhã de maré cheia
Os ventos sopram vadios

O céu azul emoldura
Essa obra colossal
Feita pelas mãos divinas
Em um gesto paternal
Obra de rara beleza
Chamada de natureza
Fenômeno sem igual

Criação mais que perfeita
Majestosa harmonia
E o Grande Deus amoroso
Resolveu criar um dia
Encheu-se de esperança
E à sua semelhança
A raça humana nascia

O homem tinha na Terra
Tudo para viver bem
Água limpa, muitos frutos
E os animais também
A natureza vivia
Lhe servindo noite e dia
Sem cobrar nada a ninguém

Naquele lindo planeta
O tempo ia passando
A raça humana também
Ia se multiplicando
Mas sem a preocupação
Sem cuidado e gratidão
Tudo foi modificando

Nada foi acontecendo
Da noite para o dia
Foi tudo bem devagar
Pouca gente percebia
Mas o homem se esqueceu
De cuidar do que era seu
De preservar a harmonia

Deus bastante preocupado
Tudo fez pra ajudar
Mandava muitos sinais
Pro perigo alertar
Mas o homem nem ligava
Com nada se preocupava
Só fazia devastar

Muitos anos se passaram
Milhares, talvez milhões
E hoje aqui estamos
Cheios de preocupações
Em que mundo nós estamos?
Mas mesmo assim não paramos
Com tantas destruições

Devastamos as florestas
Poluímos nosso ar
O mesmo ar que nós mesmos
Estamos a respirar
Se de nós for depender
Nossa água de beber
Pode até se acabar

Dizem que o ser humano
É um ser racional
Fico eu me perguntando
Como é que um animal
Que se diz inteligente
Destrói o meio ambiente
Seu habitat natural?

Apontamos uns aos outros
Pra responsabilizar
O governo, as indústrias
Quem mais podemos culpar?
Mas nada posso dizer
Sem minha parte eu fazer
Para isso melhorar

Seca, enchente, tsunami
Impacto ambiental
Desequilíbrio ecológico
Aquecimento global
Cadê nossa inteligência
Educação, consciência
De um ser racional?

Nunca é tarde, ainda é tempo
De encontrar a solução
Devemos à natureza
Carinho e gratidão
Me desculpe se incomodo
Mas hoje foi deste modo
Que me veio a inspiração

Deus nos dê mais uma chance
Agora eu lhe dou certeza
Nós vamos cuidar direito
De toda essa beleza
Então pra lavar as almas
Peço uma salva de palmas
Pra nossa Mãe Natureza

FIM
Outubro/2007

sábado, 9 de abril de 2011

CANÇÃO: RANCHO SEM PORTAS

Composição e Música: OS NONATOS

 

De volta ao passado
Não tem quem me mande
O quem enche os olhos
Não me enche o bucho
Eu não me deslumbro
Com carros de luxo
Me sinto pequeno
Na cidade grande
Na rua em me estresso no campo eu relaxo
Plantando e colhendo pescando em riacho
O rancho é humilde mas a terra é nossa
No subúrbio triste eu não vejo graça
Passo o dia em casa olhando quem passa
Inalo fuligem respiro fumaça
Isso não é vida pra quem é da roça
Eu ainda quero ver as matas virgens
Andar pelas trilhas e ouvir cachoeiras
Folhear cordel no meio das feiras
Sem romper os laços com minhas origens

Não sou assassino
Pra ver tanta grade
Na casa onde moro
Pra ter segurança
Por estas e outras
Eu sinto saudade
Do rancho sem porta
Onde eu fui criança

De todos os erros que eu já cometi
O pior de tudo foi mudar pr'aqui
Perdendo o costume dos costumes meus
Como os edifícios que interditam vias
Aqui as pessoas são duras e frias
E nesse corre-corre do todos os dias
O dinheiro é posto no lugar de Deus

Eu fui Incubado
No berço da flora
Tenho parentesco
Com o povo nativo
Hoje como um peixe
Fora d'água vivo
Meu mundo está dentro
Do mundo lá fora

Aquele é que é canto aquela é que é vida
Sem droga encontrada sem bala perdida
O povo é feliz e com razão de ser
Eu dou minha alma se Deus der um jeito
Pra que se refaça meu sonho desfeito
Lá se eu viver tudo que tiver direito
Antes de mil anos não dá pra viver.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

CORDEL DA SEMANA

Título: Poema de Amigo

Autor: Moreira de Acopiara



Eu não posso mostrar-lhe as soluções

Dos problemas que surgem em sua vida,

Mas vou sempre escutar seus argumentos

E pedir que ande de cabeça erguida,

Preservando a humildade, a gentileza,

Inventando um caminho, uma saída.


Eu não posso mudar o seu passado,

Nem prever as surpresas do futuro,

Mas prometo lutar no seu presente

Para que seu andar seja seguro,

O seu sono não seja tão pesado,

E o percurso tranquilo, ou menos duro.


Seus triunfos, seus êxitos... Não são meus,

Mas, se sei que você está feliz,

Eu me alegro também! Rejuvenesço

Revivendo esse bem que eu sempre quis.

Não sei muito. Sei pouco. Quase nada!

Mas, me ensine também! Sou aprendiz.


Eu não posso julgar as decisões

Que você precisar tomar com pressa,

Mas eu posso tentar servir de estímulo,

Porque sei que na vida se tropeça.

Posso ainda dizer: “Tente outra vez!”

E ser justo, sem que você me peça.


Eu não posso lhe impor nenhum limite,

Muito menos deter a sua ação;

Eu não posso evitar seu sofrimento

Quando alguém lhe partir o coração,

Mas eu posso tentar juntar os cacos

E apontar-lhe uma nova direção.


Eu não posso dizer quem você é,

Muito menos quem deveria ser;

Posso dar meu amor e meus cuidados,

Ser parceiro, ser firme, agradecer...

Ser amigo leal, ser tolerante,

E torcer pra ver você crescer.


Eu não posso querer ser o primeiro,

O segundo ou terceiro em sua lista.

Mas desejo dizer: “Sou seu amigo!”

E vibrar ao lembrar essa conquista,

Defender seus direitos e tentar

Não perder (nunca mais) você de vista.

domingo, 3 de abril de 2011

Poeta Felipe Júnior declama na "I Feira de Cordel do Sertão" em Serra Talhada/PE

Extraído do “Blog do Poeta Felipe Junior”:

Fonte: www.poetafelipejunior.com

Alunas de Biblioteconomia desenvolvem Blog sobre Literatura Popular

Por “De Olho na CI”: pbcib.webnode.com.br

          Duas alunas do Curso de Biblioteconomia da UFPB, Danielle dos Santos Souza Belisario e Karcia Lúcia Oliveira Dias, desenvolveram e são responsáveis pela organização e atualização do Blog do Programa Pesquisa em Literatura Popular (PPLP), que tem como objetivo reunir trabalhos de pesquisadores em Literatura Popular, nacionais e internacionais e de difundir esse tipo de literatura em suas mais variadas formas: Literatura de Cordel, Poesia Oral, Tradicional e Conto Popular. A coordenadora do programa é a Prof.ª Dra. Elizabeth Baltar do Departamento de Ciência da Informação (DCI/UFPB). Acesse o Blog pelo link:  http://pplpufpb.blogspot.com/

Imagem: mostracientifica2010.blogspot.com

CANTORIA: OS NONATOS

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