segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal e Feliz 2013!!

O PPLP (PROGRAMA DE PESQUISA EM LITERATURA POPULAR) deseja um FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Cordel de Natal


Equipe PPLP


ALUNOS DE BIBLIOTECONOMIA/UFPB - ACERVO DE CORDÉIS


Os alunos de Biblioteconomia da UFPB, Karcia, Danielle, Maria, Gilvaneide, Jonacio, Fabio, Cristiano, Renatha e Nicholas,  fazem mutirão para organizar o acervo de folhetos de cordel do Centro de Documentação, do Programa de Pesquisa em Literatura Popular - PPLP, que fica localizado no 2º andar da Biblioteca Central.

PARABÉNS MENINOS PELA INICIATIVA E TRABALHO!










Fonte: http://blogbethbaltar.blogspot.com.br/2012/11/alunos-de-biblioteconomiaufpb-acervo-de.html

sábado, 10 de novembro de 2012

Pesquisadoras de Iniciação Científica apresentam resultado da pesquisa no PPGCI/UFPB


As alunas do Curso de Biblioteconomia da UFPB, KARCIA LÚCIA DIAS e DANIELLE BELISÁRIO apresentaram no dia 08/11/2012 os resultados do projeto de INICIAÇÃO CIENTÍFICA, intitulado "Pelejas na literatura popular de cordel: semântica discursiva", sob a minha orientação, aos docentes e alunos dos Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFPB.

Agradeço à Coordenação do PPGCI pela oportunidade e estímulo dado aos iniciantes na pesquisa.

Profa. Beth Baltar

Karcia e Danielle

Danielle e Karcia


Fonte: http://blogbethbaltar.blogspot.com.br/2012/11/pesquisadoras-de-iniciacao-cientifica.html?spref=fb

Coleção Reinos do Cordel será lançada na Bienal do Ceará


A coleção Reinos do Cordel, do Armazém da Cultura, coordenada por Arlene Holanda, já com cinco títulos prontos, será lançada, dia 17 de novembro, na Bienal Internacional do Livro do Ceará. Parabéns para José Walter Pires, autor de As noventa e nove moedas de ouro, Antonio Carlos da Silva (Rouxinol do Rinaré), autor de O papagaio real, Evaristo Geraldo da Silva, que reedita o já clássico O conde mendigo e a princ esa orgulhosa, e Arievaldo Viana, com o conto garimpado nas Mil e uma noites, O crime das três maçãs. o projeto gráfico é de Suzana Paz, que ilustrou vários livros da série.

Escrevi especialmente para a coleção O pobre que trouxe a sorte de casar com uma princesa, ilustrado por Arlene Holanda, cujo introito reproduzo abaixo.

Agradeço ao Armazém da Cultura por acreditar no nosso romanceiro em versos que, um dia, alguém achou de chamar de cordel:

Peço à Musa inspiradora
Que minha mente não canse
E eu possa versar um conto
Descrevendo cada lance
De uma história comovente
Neste meu novo romance.
Há cerca de nove séculos
Num reino muito distante
Viveu Gusmão, um mau rei,
De orgulho extravagante.
Não houve e não haverá
Outro assim tão arrogante.
Seu imenso poderio
Não conhecia empecilho,
Mas há um tempo seus olhos
Haviam perdido o brilho,
Pois, apesar de tão rico,
Ainda não tinha filho.
A rainha, sua esposa,
Vivia desconsolada,
Pois para o cruel marido
Ela só era a culpada,
E, por mais que se explicasse,
Não podia fazer nada.
Luzia, a sua criada,
Ouvia a sua lamúria,
Ela também conhecia
O monarca e sua fúria.
Assim vivia a rainha
Sempre coberta de injúria.
Até que um dia, cansada,
Ela foi ao oratório
E fez um pedido a Deus,
— Senhor, nesse dia inglório,
Eu venho aqui implorar
Livrai-me do purgatório.
Vós sabeis que vivo triste
E o meu espoco cabreiro,
Pois o reino que governa
Ainda não tem herdeiro.
Por isso peço o auxílio
Do grande Deus verdadeiro.

Fonte: http://marcohaurelio.blogspot.com.br/

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Estudantes produzem o maior cordel do Ceará



A produção, intitulada "EQ Nina?" tem seis páginas e 60 m² distribuídos em 22 estrofes com xilogravuras e desenhos de alunos e professores FOTO: NATASHA MOTA

Um incentivo à literatura e à cultura popular nordestina através de verso e poesia. Foi esse o clima vivido por alunos da Escola Estadual de Ensino Profissional Eusébio de Queiroz, no lançamento, ontem, do maior cordel do Ceará, durante a II Feira Científica e Cultural da Escola.

O projeto, realizado pelos próprios estudantes, teve apoio da Cordelteca do Eusébio, que os orientou em relação aos procedimentos a serem seguidos na realização da tarefa.

Com seis páginas e 60 m² distribuídos em 22 estrofes com xilogravuras e desenhos feitos por alunos e professores, o cordel "EQ Nina?" foi feito em homenagem ao aniversário de um ano da instituição. A produção retrata a história dos primeiros moradores do Eusébio e dos fatos que envolveram a construção da escola, como a origem do terreno utilizado e até mesmo a cadelinha Nina, que se mantém, presente desde o primeiro tijolo levantado até os dias de hoje, inspirando o nome do trabalho.

A ideia do projeto foi da professora de Português Raquel Magalhães, que explica o trabalho como fruto de uma grande pesquisa, realizada em 48 dias, e confeccionado em quatro, em parceria com artesãos da comunidade e utilizando de material reciclado. "Foram os alunos que desenharam, pintaram e colaram", acrescenta ela.

Valor

A diretora da escola, professora Maria da Graça Silveira, diz que o maior ganho com foi o despertar dos estudantes para o valor da pesquisa, leitura, e escrita, além de explorar uma cultura tradicionalmente nordestina. "Foi uma experiência muito positiva para eles. O desafio, agora, é continuar o trabalho em sala de aula, com produção textual".

Com o peso de 100 kg, o cordel ficará, inicialmente, exposto na biblioteca da escola, mas a ideia, segundo esclarece o coordenador da Cordelteca do Eusébio, Gilvan Cunha, é doá-lo para alguma instituição interessada. "Caso não apareça, ele será reciclado e doado aos artesãos da comunidade", ressalta.

Conforme explica, a meta para o próximo ano é confeccionar o maior cordel do País e, em 2014, no ano da Copa do Mundo no Brasil, produzir o maior cordel do mundo, visando fazer parte do livro dos recordes. "As escolas do Ensino Médio têm uma certa resistência ao cordel, mas com eventos assim vamos quebrando barreiras", comenta.

A estudante Nairlana Freitas, 15 anos, que fez parte da equipe de alunos que realizou o trabalho, afirmou que, de início, não achava interessante e não conhecia a fundo o cordel. No entanto, com o projeto, a jovem se disse encantada com o que viu. "Me interessei bem mais. Resolvi correr atrás e explorar junto com a equipe e, hoje, me apaixonei completamente pelo conteúdo", ressaltou.

RENATO BEZERRA
ESPECIAL PARA CIDADE

PROTAGONISTA

Literatura precisa ganhar mais espaço

Fazer parte do processo de construção de um cordel foi bem prazeroso para a equipe de seis estudantes da Escola Estadual de Ensino Profissional Eusébio de Queiroz, entre eles, Angélica dos Anjos, 15 anos, que, diante de muita determinação, conseguiu atender à proposta para a Feira Científica e Cultural da Escola.

A estudante avalia que a literatura de cordel está perdendo espaço, devendo ser mais valorizada, sobretudo, pelos jovens, se tratando de uma leitura mágica e apaixonante. Para ela, a oportunidade de estar no projeto lhe proporcionou um rico aprendizado, adquirido através dos dias de pesquisas, das aulas campais e oficinas de xilogravuras.

Angélica dos Anjos
Aluna do curso de logística 

terça-feira, 25 de setembro de 2012

O Magnífico Encontro de Zeca Pagodinho com a Patota de Cosme & Damião

Literatura de Cordel – Autor Victor Alvim (Lobisomem)


Os santos gêmeos Cosme e Damião e a unicidade com Zeca Pagodinho são traduzidos de forma completa e abrangente nos versos de Victor Alvim na mais popular das culturas literárias, o Cordel, através da arte deste ilustre menestrel em mais um belo folheto, Lobisomem, este poeta genuinamente carioca mostra grande habilidade, nesta fabula envolvente, promovendo um encontro comovente entre Zeca Pagodinho com a patota de Cosme & Damião.
A religiosidade de Zeca Pagodinho fascina com tamanho sentimento, gratidão e fundamento de quem tem a proteção de São Cosme e Damião, irradiação infantil de uma crença que arrebata centena de fieis, onde basta acreditar para receber, ter fé e conhecer o poder da Ibejada, liderados por Cosme & Damião, confiança imperial de Zeca Pagodinho, personagem principal deste Cordel.
Em um divertido sonho, a delirante fantasia se mistura a magia da espiritualidade, inspiradas pela luz divina e a proteção de São Cosme e Damião, Zeca Pagodinho, Noah e seus amiguinhos astrais, ilustram o livreto em mais um, entre tantos textos do folclore brasileiro.
O encantamento deste Cordel traz a público, a lembrança de que em todo lugar, sob qualquer circunstância é preciso ter esperança, acreditar feito criança que é possível ser feliz.
Não por acaso, uma feliz coincidência fez o poeta Victor Alvim ocupar a cadeira 27 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, também no mês das crianças, onde São Cosme e Damião tem seu dia.  Autor de inúmeros livretos Victor Alvim costuma adequar sua arte a sua realidade, foge do cenário comum desta arte literária de origem nordestina, onde as figuras mais presentes e famosas por seus feitos lendários nas terras áridas do sertão são: Lampião, Maria Bonita, Luiz Gonzaga e Padre Cícero, contados e cantados tradicionalmente pelos trovadores do nordeste brasileiro, cordelistas que dão lugar a ginga carioca na maestria de Lobisomem de viajar nas esferas culturais deste país, se utilizando da malemolência dos personagens urbanos, como: Jorge Benjor e o santo guerreiro São Jorge, Jovelina Perola Negra, Bezerra da Silva, Zeca Pagodinho que pela segunda vez protagoniza um livreto de Cordel de Victor Alvim e o Cinquentenário Bloco Cacique de Ramos, entre outros, no panorama da cidade maravilhosa.
Os poetas Victor Alvim assim como Zeca Pagodinho servem de exemplo aos devotos de Cosme & Damião, e a cada 27 de Setembro, reúnem os amigos, cada um em seu habitat, para manter a tradição distribuindo de bom coração muitos doces a criançada, nesta edição especial de lançamento do Cordel O magnífico encontro de Zeca Pagodinho com a patota de Cosme & Damião, Victor Alvim distribuirá os folhetos nos saquinhos de doces em agradecimento e total devoção a Ibejada.
O Cordel O magnífico encontro de Zeca Pagodinho com a patota de Cosme & Damião, de Victor Alvim, está disponível a venda, os interessados poderão entrar em contato, através do telefone (21) 9883-8945 ou pelo email: victorlobisomem@yahoo.com.br mais informações, acessem: http://www.quintal-do-lobisomem.blogspot.com/

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Cordel da Semana


A DECEPÇÃO DO ENCONTRO
                 Na Festa da Antologia
                                               Lucarocas

Para mostrar seus valores
Na prosa e na poesia
Um grupo de escritores
Tudo melhor escrevia
Para poder publicar
E assim se consagrar
Na primeira antologia.
 
Marcaram festa de gala
Num recinto da cidade
E para dar sua fala
Convidaram autoridade
Além de agremiação
Chamaram associação
E a alta sociedade.
 
Muita pompa e coquetel
Pra todo mundo saudar
Um letreiro de papel
Pra festa identificar
E mesas ornamentadas
Já estavam preparadas
Cada um com seu lugar.
 
Associação de escritores
Chamaram de Fortaleza
E as senhoras e senhores
Mostravam grande beleza
Mas numa ação de lamentos
O diretor de eventos
Gerou indelicadeza.
 
Dois artistas convidados
Pra uma apresentação
Ficaram impressionados
Com a má recepção
E a festa da antologia
Tornou-se então nesse dia
Uma grande decepção.
 
Quando chegaram ao local
Ninguém sabia de nada
E no centro social
A festa estava arrumada
Com os mais belos artigos
Mas para a dupla de amigos
Não tinha hotel nem pousada.
 
E naquele clima estranho
A dupla cedo chegou
Querendo tomar um banho
Um local não encontrou
E os dois ali esperando
Que houvesse algum comando
De alguém que os convidou.
 
Então criou-se um dilema
Pra aquela situação
Foi dado um telefonema
Para buscar solução
Mas por diversos momentos
O promotor de eventos
Não quis lhes dá atenção.
 
Enquanto os artistas sós
Ficavam então esperando
Dizia estar em Orós
Que estava logo chegando
Mas com aquela demora
O certo e que de hora e hora
O tempo ia passando.
 
E feitos outros contatos
Com o tal anfitrião
Se complicaram os fatos
Pra aquela apresentação
Pois ele se manifesta
Dizendo que está na festa
Bem naquela ocasião.
 
Ao chegar ao ambiente
A dupla foi se encontrar
Com uma porção de gente
Que estava pra festejar
E o tal anfitrião
Buscou lhe dar atenção
Para se justificar.
 
Deu desculpa esfarrapada
Pro poeta e o violeiro
E numa ação descarada
De quem é um traiçoeiro
Disse sem titubear
Para a dupla se trocar
Ali mesmo no banheiro.
 
Isso a festa começando
Com muita pompa e alegria
E a dupla observando
A tamanha hipocrisia
Que é capaz um ser humano
No macular do seu plano
Na festa da antologia.
 
A dupla ficou sabendo
Que estava tudo arranjado
O anfitrião querendo
Deixou a dupla de lado
Pois o espaço sobrava
Então ele colocava
Um amigo seu contratado.
 
Com ar de humilhação
A dupla foi pra um hotel
Pensando no anfitrião
E em seu moleque papel
Resolveu não mais voltar
Para se apresentar
Na festa do coquetel.
 
Com uma vergonha tamanha
Buscaram um novo abrigo
Pois em uma terra estranha
Também corriam perigo
E foram telefonar
Para então localizar
Alguém que lhe fosse amigo.
 
E Deus na sua grandeza
Deu-lhes iluminação
E pra alguém em Fortaleza
Foi feita uma ligação
E pra surpresa geral
A pessoa foi mais legal
Que o tal anfitrião.
 
Deu pra dupla uma acolhida
Cedendo sua moradia
Deu-lhes conforto e guarida
Com a maior alegria
E estando em fortaleza
Teve maior gentileza
Que o povo da antologia.
 
E ali em outra cidade
Tiveram muita atenção
Fizeram nova amizade
Viveram grande emoção
E descobriram que amigo
É o que lhe dá abrigo
Sem causar decepção.
 
E toda aquela viagem
Fez a dupla refletir
E criar bem mais coragem
Pra sua vida seguir
Fazendo bem seu trabalho
Sem ter nenhum atrapalho
De quem só quer destruir.
 
Esse registro de história
Vai entrar pra galeria
E vai ficar na memória
Da arte e da poesia
Quando com esse recontro
A decepção do encontro
Na festa da antologia
 
Por essa situação
Causar um constrangimento
Se faz solicitação
Pedindo deferimento
E com vergonha na face
A dupla pede da ACE
Seu total desligamento.
 
O Lucarocas poeta
E o Cayman violeiro
Seguirão a sua meta
Rumo a um novo paradeiro
Pra sua arte mostrar
Sem da ACE precisar
Pra seguir pro mundo inteiro.
 
 
Fortaleza, 25 de agosto de 2012.

sábado, 4 de agosto de 2012

Cordel da Semana


Desabafos dum alcoólatra

1
Olá, meu caro leitor
Mais uma tarefa a cumprir
Preparei mais um poema
Para você me ouvir
Uso o tema alcoolismo
Venha a mim se unir.
2
Trabalho com educação
Hoje estou aposentada
E como educar é pra sempre
Por isso não estou parada
Educo de outra forma
Uso o cordel, camarada!
3
Foi grande a minha labuta
Com o analfabetismo
Depois procurei um jeito
De combater o tabagismo
Tive uma boa resposta
Agora é a vez do alcoolismo.
4
Grande é o efeito do álcool
Saiba dessa informação
Tem um lado que estimula
O da desinibição
Mas o outro é arrasante
A sua moral vai pro chão.
5
O álcool traz euforia
Deixa você bem contente
E também descontrolado
Até ficar deprimente
Vai comendo os seus miolos
Até deixá-lo demente.
6
Vai mudando o seu humor
Primeiro vem a euforia
Um comportamento estranho
Você acha que é alegria
Noutro dia nem percebe
Está com melancolia.
7
Como isso tudo acontece
Começa a agitação
Confunde os pensamentos
Vai partindo pra agressão
Não demora muito tempo
Surge logo a depressão.
8
É triste ver uma pessoa
Na bebida se entregando
Está perdendo o seu controle
E a saúde estragando
Faz sofre toda a família
E os amigos afastando.
9
Demência é um grande mal
Pelo alcoolismo trazido
Convulsão, cirrose e morte
Tudo tem acontecido
Por causa desse maldito
Muita gente tem sofrido.
 10
Vou citar alguns exemplos
Dum alcoólatra inconformado
O mundo dos seus “amigos”
Hoje por ele contado
Eu cito aqui pra você
Mas com nome inventado.
11
José, um homem bem novo
Porém não tinha confiança
Mexia com mulher casada
Não respeitava criança
Perdeu a integridade
A sua autoconfiança.
12
Um cidadão bem vistoso
Duma família exemplar
Uma pessoa inteligente
Conquistava com o olhar
Tem filhos maravilhosos
Nada pra ele se queixar.
13
Dizia: ninguém é besta
De no bêbado confiar
O seu Joaquim quando bebe
Só faz cagar e mijar
No povo que tá dormindo
Quando vem lhe visitar.
14
Maria, uma dona de casa
Uma mulher respeitada
Engajou-se na bebida
Até ficar viciada
O álcool lhe transformou
E deixou-a esclerozada.
15
Um branco dava em Tião
E sem saber o que fazia
A calcinha da mulher
Sempre, sempre ele vestia
E quando ia pro banheiro
A sua bosta comia.
16
Depois na sobriedade
A sua mulher lhe contava.
E tudo o que lhe dizia
A sua alma judiava
Sofria que dava dó
Muitas vezes ele chorava.
17
Luzia, linda mulher!
Pelo mundo se mandou
Bebia com todo mundo
Foi perdendo o seu vigor
Muito sexo e muita droga
O seu corpo transformou.
18
Sua filha desgostosa
Que na sarjeta a mãe via
Rezava pedindo a Deus
Pra ela também um guia
Porque essa vida triste
Pra ela nunca queria.
19
Tomara que essa história
Vá servindo de lição
Ver assim um ser humano
Hoje me corta o coração
E faço a todos um convite:
Venha salvar-se, meu irmão!
20
Hoje eu vivo escapando
Correndo para o AA
Tentando com muito esforço
Do maldito me livrar
É um vício desgraçado
Mas de mim não vai ganhar.
21
Termino aqui um desabafo
Dum homem prejudicado
Aguardo esperançosa
Que ele tenha lhe ajudado
Veja os ensinamentos
Não se sinta incomodado.
22
Não sinta irmãos, por favor!
Que isso é preconceito
É só uma forma diferente
De eu arranjar um jeito
De lhe mostrar que é doença
Não penso que é defeito.
23
Alcoolismo é doença
E difícil de tratar
Deixe que a sua família
Possa de você cuidar
Dê o seu consentimento
Pra ela colaborar
24
Agora findo a minha parte
Que é de lhe transmitir
Os males da humanidade
Que podem lhe destruir.
Grande é a beleza da vida
Pra você usufruir.

                     Nelcimá morais
                              João pessoa-PB                                  
                                      30/07/12

CANTORIA: OS NONATOS

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