sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Lançamento de Livro

A autora Clotilde Santa Cruz Tavares convida a todos para o lançamento de seu livro mais recente: "O verso e o briefing: a publicidade na literatura de cordel".

O livro é o resultado de um estudo que fez sobre o uso dos folhetos de cordel para fazer publicidade de produtos, empresas e outros. Também são tratados temas como a origem da literatura de cordel e o Romanceiro Nordestino, além de noções de poética.

Editado pelos Jovens Escribas, com programação visual de Danilo Medeiros, tem 158 páginas e ilustrações.

Estará autografando no dia 25 de agosto, quinta-feira, a partir das 18 horas, na Livraria Siciliano do Natal Shopping.


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Literatura de cordel ganha espaço em São Paulo



14/08/2011 - 13h26
Cultura

Marli MoreiraRepórter da Agência Brasil

São Paulo - Com a maior concentração no país de nordestinos fora da região de origem, a cidade de São Paulo terá este mês dois grandes movimentos culturais que tentam preservar uma das maiores tradições brasileiras: a literatura de cordel. Até o dia 6 de outubro, ocorre o 1º Festival de Cordel, no Centro de Tradições Nordestinas (CTN), com oficinas, saraus, cinema e palestras, além de um concurso para premiar os 20 melhores trabalhos.

No próximo dia 27, o Movimento Caravana do Cordel vai reunir especialistas para debater o tema no 1º Fórum do Cordel em São Paulo, no auditório da Ação Educativa, no bairro de Vila Buarque, na região central. Mais do que levar cultura e entretenimento, os coordenadores desses dois eventos querem que eles sirvam para chamar a atenção dos educadores sobre a importância do ensino desse gênero literário nas escolas de ensino fundamental e médio.

Ao pé da letra, cordel significa corda pequena. Seu uso para a classificação da literatura vem do costume, introduzido no Brasil pelos portugueses, de pendurar as cartilhas com os escritos em barbantes nos locais onde as obras eram colocadas à venda. Comumente impressos em papéis rústicos, os exemplares ganharam ilustrações em xilogravura entre o final do século 19 e o começo do século 20.

Curador do 1º Festival de Cordel de São Paulo, o jornalista e estudioso da cultura popular Assis Ângelo informou que a ideia de levar o tema para as salas de aula já se tornou realidade no Ceará e no Piauí, e, agora começa a se espalhar pelo estado do Pernambuco.

Ângelo lembra que, antes de chegar ao Brasil, o dramaturgo português Gil Vicente (1465-1536) tornou-se uma referência do cordel. Entre os primeiros nomes de poetas brasileiros consta o do paraibano Leandro Gomes de Barros, que morreu em 1918. Ele inspirou Ariano Suassuna a escrever a peça O Auto da Compadecida. Além de ser publicada em livro, a obra foi para as telas do cinema e da televisão.

Segundo o especialista, a estrofe mais comum do cordel é a de seis versos, cada um deles com sete a 11 sílabas. As rimas não podem faltar. Para Ângelo, é preciso acabar com o preconceito que ainda existe em torno dessa tradição. “Muitos pensam que é uma atividade de analfabetos quando ela inclui, por exemplo, pelo lado erudito, Castro Alves e, pelo lado popular, Patativa do Assaré, que se estivesse vivo estaria hoje com 102 anos”, observou ele.

Patativa do Assaré, nome popular do poeta cearense Antonio Gonçalves da Silva, é autor, entre outros, de poemas como Caboclo Roceiro e Triste Partida, cantada na voz de Luiz Gonzaga em gravação de 1964, e Vaca Estrela e Boi Fubá, musicada na voz de Raimundo Fagner, em 1980.

Já o poeta baiano Castro Alves tem entre os escritos mais famosos o Navio Negreiro, que aborda episódios do sofrimento dos povos africanos trazidos para serem escravizados no Brasil. Um dos trechos diz: “Auriverde pendão de minha terra/Que a brisa do Brasil beija e balança/Estandarte que a luz do sol encerra/E as promessas divinas da esperança.../Tu que, da liberdade após a guerra/Foste hasteado dos heróis na lança/Antes te houvessem roto na batalha, que servires a um povo de mortalha!”

Outro poeta que em alguns momentos recorre a elementos do cordel é Gonçalves Dias. Em Canção do Exílio, ele exalta a riqueza da fauna e flora brasileira: “Minha terra tem palmeiras/ Onde canta o sabiá/ As aves que aqui gorjeiam/ Não gorjeiam como lá”.

Edição: Juliana Andrade

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Centro de Tradições Nordestinas apresenta o Festival de Cordel

Evento reunirá diversas atividades ligadas à literatura e cultura


A literatura de cordel é um tipo de poema popular, originalmente oral ou cantada, uma tradição nordestina que sobrevive ao tempo devido à beleza da simplicidade dos versos e suas histórias. O tema cultural é interessante e muito lembrado atualmente, como por exemplo, na novela intitulada “Cordel Encantado”. Para manter viva esta cultura e rememorar a importância e a particularidade desta tradição, o CTN, Centro de Tradições Nordestinas, apresenta de 11 de agosto a 6 de outubro, o Festival de Cordel.

O projeto visa realizar um evento onde a literatura de cordel seja analisada, estudada e discutida. Serão 5 oficinas de cordel, 5 de xilogravura, 4 saraus de repentes e cordel, 5 sessões de cinema, uma palestra intitulada “Literatura de Cordel - Origens, Características e Principais Poetas” com o estudioso de cultura popular Assis Ângelo.

Além de tudo isso, o CTN ainda promoverá um concurso onde trabalhos profissionais e amadores de literatura de cordel, serão analisados, os três primeiros colocados serão premiados e os 20 melhores cordéis serão publicados em um kit que será enviado às bibliotecas públicas do estado de São Paulo. O regulamento do concurso está disponível no site do Festival de Cordel e as inscrições podem ser feitas pelo email: festivaldecordel@ctn.org.br.
O concurso visa promover a literatura de cordel e também criar uma oportunidade para todos aqueles que participarem do sarau, das palestras e demais atividades, para que também possam ser incentivados a desenvolverem o seu próprio trabalho. Para obter mais informações e se inscrever acesse o site www.ctn.org.br/festivaldecordel ou http://www.festivaldecordel.com.br/.

Fonte: 24horasnews

Literatura Popular de Cordel - Globo Rural

CANTORIA: OS NONATOS

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